28 de dezembro de 2010

Machadiano e Preciosa



Recentemente mandei 100 páginas do meu livro para uma leitura profissional. Entreguei parte da minha obra para um professor de português muito conhecido na minha cidade ( ele tem 50 anos de magistério). Homem simples, de caráter forte e muito, muito rígido, peguei uma "esculhambação" dele por chegar 5 minutos atrasada para nosso encontro. Mesmo sem graça, meu deu uma enorme vontade de rir, não sei por que, mas eu me controlei, mordi a língua e segui em frente.

Bom, confesso que esperei com muita ansiedade pelas primeiras 100 páginas, fiquei pensando se elas estariam muito trabalhosas, mas para minha surpresa, o professor me entregou 3 dias depois. Como foi um encontro meio corrido não pudemos conversar direito, somente arranquei 2 palavras dele que ficaram pairando na minha mente como um enígma: machadiano e preciosa. Primeiramente não entendi o que ele quis dizer, e minha reação foi pensar que as coisas foram de mal a pior. Machadiano, me pus a pensar...o que significaria... ? Estaria o texto muito carregado? Pesado? Efadonho?Sei lá...boa coisa não era.... e linguagem preciosa?? Ó, que diabos seria??

Fiquei horas remoendo isso, vendo os pontos e vírgulas em vermelho pelas páginas. Algumas palavras cortadas e mudadas, uma ou duas frases condenadas, um problema com os diálogos que até agora não entendi muito bem. Mas no final, achei que tudo foi positivo. E entendi que MACHADIANO E PRECIOSA, não tinha sido uma crítica negativa,e sim, características da minha escrita.

Preciosa, misteriosa, enigmática, todos adjetivos usado por ele, foi o que percebeu ao ler os primeiros capítulos do meu livro.Preciosa, talvez pela riqueza dos detalhes, acho que mais pelos sentimentos, de que pelo detalhe em si, ela é Lagoena, uma terra preciosa.

Ele sugeriu que eu mudasse o nome do livro, e eu temi por isso, no final, o professor acabou entendo o significado e viu que o título se encaixava bem.Ufa!

Hoje fui ao cinema, ainda digerindo o acontecido (isso foi ontem). Comprei um ingresso para assistir o filme de Nárnia e como sempre me emocionei, até chorei no final, um caso raro...rs. É claro que não é um filme abarrotado de efeitos ultraespeciais, mas tem encanto, souberam captar a mensagem de C.S. Lewis. Aconselho que assistam!

Depois fui à livraria. Comprei um livro de bolso barato de Machado de Assis, Contos Escolhidos, me senti na obrigação de descobrir como era o ritmo de literatura que ele fazia. Já li o primeiro conto Missa do Galo, e lembrei-me que já o tinha lido em algum lugar...Tive uma boa impressão de Machado...sabe conduzir o cenário e as personagens... Vou continuar lendo-o...

Adquiri também outro livro, chamado O Nome do Vento, autor estrangeiro de literatura fantástica, Patrick Rothfuss, essa obra me custou mais caro, mas acho que valeu a pena, no livro, o autor fez uma dedicatória à mãe agracendo por ela ter lhe apresentando Nárnia, então, de cara me simpatizei por ele!

Aconteceu uma coisa engraçada quando cheguei a livraria. Posto à mosta na vitrine estava um exemplar do livro de Eduador Spohr, brasileiro, autor de A Batalha do Apocalipse. Li que estava vendendo muito bem e estava sendo bem aceito pelos leitores, então eu perguntei quase gritando pra vendendora "ESSE LIVRO TÁ SAINDO BASTANTE?", eu estava num estado de euforia interna que eu nem tinha reparado que eu tinha alteado minha voz...rs. Afinal, eu estava feliz, estava em casa, estava entre os livros...

Laísa C.

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