Já
faz tempo que a lua pálida banhou este telhado de lágrimas. Ouço apenas o
sussurrar do vento tocando as paredes frias do quarto, não há nada a dizer. E os
sonhos aguardam ainda despertos em seu belo altar.
O mirante fisga a chama no alto da montanha, é
hora da chuva arder.
Não
sei se posso seguir adiante entre passos vacilantes e caminhos mais que
perdidos. Não sei o que espera do depois do agora nesse exato instante
inconstante.
Chego
sufocar entre as linhas rubras desse papel.
Já
faz tempo que fui o que sou.
Já
faz tempo do distante agora.
Já
faz tempo que quero ir embora.
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