12 de abril de 2013

Hora da poesia...morta..






Poesia Morta

Choram minhas lágrimas. Choram minhas vidas. Choram minhas palavras – cristais condensados em eras perdidas.
                   
Morrem os amores. Morrem todas as dores. Morrem as canções  que cantei para meu coração – poesias inúteis na vastidão.
                      
Trovejam os lamentos. Trovejam as memórias desoladas e inglórias – passado noturno contado em estórias.
                      
Voam os pássaros negros. Voam os ventos queimados.  Voam meus hálitos enregelados e meus passos embaraçados.
              
 Caem as pedras. Descem as montanhas. Afundam os mares. Explodem os mundos. Ladram os cães – é a Ira de Aura sobre a Terra Secreta.
                  
 Secam minhas veias. Secam as rosas no jardim. Secam minhas naturezas mortas. Secam tudo, dos versos do início até o suspiro do fim.




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